OBJETIVO do PROJETO

Este projeto de ensino, pesquisa e extensão tem como objetivo principal promover a capacitação sociotécnica de comunidades rurais tradicionais faxinalenses do Centro Sul paranaense com base em princípios e práticas da agroecologia. Para tanto, a criação deste NEA, coordenado pelo Grupo de Pesquisa Interconexões (UEPG), conta com o financiamento do CNPq e a colaboração de diversas entidades que se somam à ação: CASLA, COODESAFI, UEPG, IFPR-Irati, IEEP, ASAECO, Prefeitura Municipal de Imbituva, Prefeitura Municipal de Rebouças, Prefeitura Municipal de Imbaú, NEA - Juçara (UFPR-Litoral), IFPR-Paranaguá, MADE-UFPR

segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

NEA TERRITORIO FAXINALENSES: PRINCIPIOS, OBJETIVOS, MÉTODO E ALGUNS OBJETIVOS

 Apresentamos o vídeo institucional sobre o NEA Territórios Faxinalenses tratando dos seus princípios, objetivos, método de pesquisa e extensão e alguns resultados alcançados desde sua instalação a partir de medos de 2020.





quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

NEA Territórios Faxinalenses celebra três anos em evento sobre agroecologia e expõe produtos orgânicos e sementes crioulas

 Na última quinta-feira (08), o Núcleo de Estudos e Capacitação Sociotécnica de Populações Tradicionais em Agroecologia nos Territórios Faxinalenses (NEA Territórios Faxinalenses),  projeto de pesquisa e extensão executado pelo Grupo Interconexões, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), celebrou três anos de existência com o evento “Agroecologias em Movimento: identidade e região como contraponto criativo da biopolítica em novos tempos democráticos”, no Centro Tecnológico de Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais Paulo Freire (Cetep-UEPG).

O encontro promoveu o debate sobre o papel da agroecologia e agricultura familiar na sociedade, com foco em alianças entre comunidade e atores sociais, como grupos, governo e diferentes lideranças. Além das palestras, ocorreu o lançamento do livro “Territorialidades Ecológicas: Autonomia Socioambiental, Desenvolvimento Local”, elaborado pelos participantes do NEA, Nicolas Floriani e Dimas Floriani, com participação de outros pesquisadores da UEPG e de Universidades parceiras. A obra sistematiza os três anos de pesquisa e extensão, com resultados e reflexões sobre as práticas alternativas de produção no agro. 

 

Na presença de autoridades, pesquisadores e comunidade, foi lançado o software “Sistema Eletrônico de Certificação Agroecológica Participativa”, elaborado para promover a democratização do processo de certificação da garantia de qualidade de produtos e processos agroecológicos e orgânicos. O professor Nicolas Floriani, coordenador do NEA, explica que o sistema permite maior transparência aos processos de produção. “O sistema foi elaborado buscando abrir a caixa preta da autenticação para o produtor, criando um sistema interno, onde as associações vão garantir a qualidade dos produtos, desburocratizando o processo todo”, enfatiza.


Profa. Telma R. Stroparo (UNICENTRO-Irati)


Professores Gustavo C. Barh (IFPR-Telêmaco Borba) e Almir Nabozny (UEPG)

Prof. Dimas Floriani (UFPR) e demais participantes do Evento.


Mestranda Fernanda de Arruda Paes (Interconexões, PPGEO/UEPG)



Da direita para esquerda, André Jantara (AS-PTA), Cleusi Bobato Stadler (Coletivo Triunfo), Antônio Ostrufka (ASAECO), Marilei Ferreira (Faxinal Sete Saltos de Baixo)


O evento promoveu também um espaço de exposição de Produtos Orgânicos e da Agrobiodiversidade Regional das Unidades de referência agroecológicas do projeto, onde os agricultores e agricultoras puderam falar sobre suas experiências com o NEA enfatizando os saberes agroecológicos associados à reprodução do patrimônio material na busca pela autonomia socioambiental e pelo bem viver.


A exposição dos produtos orgânicos vem ao encontro das atividades relacionadas à “Campanha Anual para a Promoção do Produto Orgânico" a partir da qual o Ministério da Agricultura, Abastecimento e Pecuária, desde 2005 tem incentivado a divulgação à população brasileira dos princípios da produção orgânica, "caraterizada por uma produção sustentável ao longo de toda a cadeia de produção, de forma harmônica com a natureza, contribuindo para a saúde de todos e com justiça social em todos os segmentos da sua rede de produção" (MAPA, 2021).

Para aderir à Campanha de promoção do Produto Orgânico, o NEA convidou no  família de agricultores de base ecológica Antônio Silvestre e Janete Leite, da "Unidade de Referência Agroecológica de Faxinal dos Galvão, do município de Imbituva, Paraná" a apresentar os produtos do trabalho agroecológico de seu estabelecimento rural




O Senhor e senhora Leite, laureados pelo NEA com o prêmio "Agricultores agroecológicos do ano de 2022"apresentaram os produtos orgânicos e os saberes ecológicos associados: a diversidade de sementes de feijões crioulos, compotas, conservas e geleias do pomar e horta orgânicos em mandala, além do riquíssimo mel de abelhas nativas foram apresentados.

Antônio Silvestre Leite e Janete Leite da Unidade de Referência Agroecológica de Faxinal dos Galvão, município de Imbituva, Paraná.


O evento foi encerrado com a premiação dos “Agroecologistas do Ano” dos Territórios Faxinalenses, para valorizar o trabalho dos produtores nas comunidades na área de agricultura e ecologia. Foram duas famílias de agroecologistas premiadas: Aparecida de Fátima Machado Teixeira e Antônio Ostrufka, de Itaiacoca, distrito de Ponta Grossa, e Maria Janete Leite, Antônio Silvestre Leite e Ricardo Leite, de Faxinal do Galvão, distrito de Imbituva. 


Sobre o NEA

O NEA Territórios Faxinalenses é um projeto financiado pelo Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) e abre espaço para produção e discussão sobre saberes, práticas e demais assuntos ligados à agroecologia regional. Nicolas comenta que a agroecologia se propõe a saber o que não é universalizante e que se adapta às condições locais. “Então, ao estudar isso, estamos falando também da valorização do patrimônio imaterial da agroecologia e a história da região, promovendo autonomia ambiental, social e econômica, frente a outros modelos produtivos”. 

A UEPG, através do NEA, conectou poder público em cinco municípios  – Imbaú, Imbituva, Ponta Grossa, Irati e Ivaí, junto com associações de agricultores, cooperativas e também com instituições de extensão rural do Estado. “Esses novos arranjos permitiram dar o protagonismo aos pequenos produtores, legitimados pela parceria com as Universidades, o que dá condições para ter suas decisões respeitadas”, salienta o professor


O projeto também promove o protagonismo e o empoderamento social, além de incentivar a agroecologia e vocação empreendedora dos produtores, segundo o professor. “A autonomia dos produtores junto à responsabilidade socioambiental  permitiu que eles resistissem a projetos de modernização do espaço rural. Assim, mesmo que existam commodities que ditam as formas da economia e atuação, as comunidades e agricultores locais podem manejar sua própria situação”, enfatiza.




NEA TERRITORIO FAXINALENSES: PRINCIPIOS, OBJETIVOS, MÉTODO E ALGUNS OBJETIVOS

 Apresentamos o vídeo institucional sobre o NEA Territórios Faxinalenses tratando dos seus princípios, objetivos, método de pesquisa e exten...